FILHOS DE ARTISTAS
Ontem a Folha de São Paulo publicou uma reportagem com os filhos de artistas, empresários, e demais figurões da elite, em suas aventuras pela música, e outras formas de arte.
Unidos a sobrenomes de peso, visuais meticulosamente destrabalhados para atingir-se o ideal de rockeiro barbudo, diva vegana, ou intelectual poliglota.
No currículo, cursos nos EUA, França, e outros palácios de puro ensino matemático da arte.
Não mais empresários ou advogados herdando as empresas dos pais, agora eles usam a fortuna para comprar oportunidades e destaque.
O artista genuíno, sem sobrenome mas com conteúdo, que luta para conseguir dar vazão à única opção que a vida lhes dá, ou que se aliena suicida da amargura do mundo insensível, pode estar se revoltando ao ler esse texto.
Mas eu dou meu apoio ao colega: que bom que tudo é coerente! Afinal, se a atual decadência humana não fizesse coro também na frágil arte, eu ficaria confuso.
E não é melhor tocar num bar intimista vazio da Rua Augusta do que numa das fazendas lotadas do George Bush?
1 Comments:
Oi!
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