morbidez pop
Esqueçam Dostoievsky e Nietzche, agora o melhor retrato da condição humana está na Funexpo, feira de artigos funerários que está ocorrendo em São Paulo nesse momento.
Seguindo a tendência do jornalismo sucinto, vou citar apenas alguns trechos auto explicativos, publicados na FOLHA de hoje:
"O que eu mais gosto é de ver caixões", diz Bruna, 14, de família de dona de funerária em Jacareí (SP). "Ela adora mesmo", confirma a tia, "especialmente este da Barbie"(...)
Para atrair clientela, o estande sorteou três caixões infantis de design arredondado e pintura de anjinho e estrelinhas, criado para tentar amenizar, no que for possível, o choque do formato tradicional (...)
Como em qualquer feira de negócios, existe disputa para chamar a atenção. Uma empresa contratou dançarinos de axé (...)"
A arte imita a vida, a vida imita a arte, e eu imito aquele cara daquele filme da minha infância que na verdade vivia na sargeta.
E assim caminha arrastada a humanidade.
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