Los Rolling Stones

"De novo? Eles não estão velhos? Ai, aquele guitarrista parece uma caveira!"

Sim, sim, sim. De novo um post deles. Depois do U2, depois do Carnaval, depois do que for, afinal eu que mando neste blog!

Prometo falar do Oscar em outros posts!

Mas antes quero compartilhar a aventura de ver o show dos Stones em Buenos Aires, numa vã tentativa de seguir sua turnê pela América Latina (alguém tem uma moto? Arnaldo Baptista? Che Guevara?).

Solo argentino, o verdadeiro Altamond. Confusões, brigas com la policia, piedras, sangue latinu-ú, empurra-empurra, e tudo me lembrava aqueles jogos da seleção Argentina na qual Batistuta dava voadoras na lateral, ou Maradona disputava gols com cotovelos mirados nos olhos adversários...Tudo faz sentido, a tragédia do Tango permeia tudo, e o último suspiro vem o tempo todo à tona, com força e brutalidade irritantes.

Quanto à mim? Não sou tão fã de futebol, apenas arqui-inimigo do Curintias, e por isso não me irritei tanto, mas senti na pele a nação que prima em ser européia agindo como tribo africana: perdi uma meia na confusão; uma pena, tinha-a desde os seis anos, e apresentava poucos furos. Assisti o show sem sangue ou hematomas, e isso foi muito bom.

Quanto aos Los Stones, cheios de atitude rock´n roll e energia Jaggerniana, apresentaram os clássicos num misto de ebriedade e profissisonalismo senil. Clássicos são clássicos, não há o que discutir, e nesse show o Sr. Ron Wood em si detonou, mostrando que não é mero coadjuvante; também a Sra. Lisa Fischer, backing vocals com sangue, suor e raça.

Diferente foi a reação do público: os argentas gostam mais de rock do que nós, isso é um fato, pela reação de cada um, e da coletividade vibratória.

O rock continua como uma bela e deliciosa fraude, sempre a mesma coisa, e sempre bela coisa, e nós sabemos disso! (mulher-de-malandro ou groupies?)

Mais detalhes em Exile on Main Street...e tudo se explicará sem palavras!

Estarei desatualizado? Ou os Stones perduram no tempo?