sábado

VIVEMOS PARA AMAR?

É a pergunta que se faz à cabeça, graciosa ou agressivamente, dependendo da atual presença ou ausência do(a) amante, respectivamente (ou não). A cabeça não responde suficientemente bem, como sempre, e procuramos as respostas com amigos, conselheiros, mestres sábios ou livros de auto-ajuda (cito-os em nome da democracia). Nenhum deles responde. E você vasculha os conceitos filológico, panteísta, tarantinesco (além daqueles tradicionais) de "amor". As dificuldades teóricas aumentam, e você se pergunta: "onde vou passar a virada de Ano?". Não fuja, não se desespere, porque achei uma teoria bem interessante, do nosso querido cientista social Woody Allen, que vai lhe ajudar muito. Acompanhe seu raciocínio lógico e silogístico a seguir:
"Amar é sofrer. Para evitar o sofrimento, não se pode amar. Mas então sofre-se de não amar. Portanto, amar é sofrer, e não amar é sofrer, daí que sofrer é sofrer. Por outro lado, ser feliz é amar. Para ser feliz, então, deve-se sofrer. Mas o sofrimento torna-nos infelizes. Portanto, para ser infeliz deve-se amar, ou amar para sofrer, ou sofrer de tanta felicidade."
("Love and Death", 1974)
Confuso? Arrependido de ler? Convicto? Louco?
Escreva para me contar!
Ode Aleatos.

1 Comments:

At 9:13 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Se amar é sofrer, então sofro muito. Porém, sei que sofreria muito mais se não amasse. Sou feliz porque amo. Assim, portanto, estou sempre sofrendo da felicidade de amar todos os dias.

 

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