domingo

UMA POESIA

Eu não entendo nada.
já tentei remédio, luz,
doutrina, morfina
emplasto, asfixia
E continuo sem entender nada.
Tento uma metáfora por dia,
lições, discernimento, pedagogia
a vida em forma de cartilha.
Tudo é tão sólido, plástico,
horário, rotina,
às vezes causa até fobia.
saber que de toda a parafernália
só fazem apologia.
Mudo de direção, olho,
escuto, penso
E continuo sem entender nada.