quarta-feira

UM DOS GRANDES EVENTOS LITERÁRIOS DO ANO

Sei que causará polêmicas, mas considero como um dos grandes eventos do ano a entrevista do ex-pugilista Myke Tyson para a Folha de São Paulo na semana passada!
Tyson respondia então às acusações da imprensa sobre a agressão a um jornalista durante uma noitada paulistana, e falou de Che Guevara, Japão Imperialista, racismo, homossexualismo, zodíaco, e outros assuntos como boxe. No decorrer da tensa entrevista, sempre mantendo o repórter devidamente acuado, mostrou tiradas e pensamentos dignos de rica "literatura" moderna, mais do que se poderia imaginar. Tamanha foi a carga poética do encontro, com revelações bombásticas e intensas, descaracterização de mitos, e inversão de papéis entre repórter e reportado, que me emocionei! Apenas lá ouvi frases antes impensáveis para Myke Tyson, o comedor de orelhas, como: "as pessoas não me amam, não tenho lugar pra ir, acabamos virando um pedaço de merda"; "vocês [repórteres] vivem no passado, não faça isso, mova para o futuro"; "sou um cara legal, nunca estuprei ninguém, nunca matei, é só que às vezes quero ficar sozinho, por isso perco a paciência"; "você [repórter] tem que ir agora, vá, e se disser algo disso para alguém, mato você da próxima vez que o encontrar"!
Grandes pérolas da espontaneidade, da sinceridade, da inteligência social...
Que os grandes literatus em atividade me desculpem, mas Tyson ganhou o prêmio devido à carga real que acompanhou suas declarações! Big-brother das Letras!
E nada como ver a besta-fera dando as diretrizes do mundo para os cordeiros-engravatados! Ah, ironias...
Pura verdade poética e literária, pela origem, pela convicção e pela certeza.
Tyson para presidente! Pelo menos ele aproveitará melhor as mulheres na Granja do Torto!Ode Aleatos

segunda-feira

BUSH in BRAZIL

Que legal! Ele veio nos visitar! "He came in through the bathroom window", diriam os mais bem intencionados!
Eu gostaria muito de estar presente no encontro Lula vs. Bush na Granja do Torto! Faria uns omeletes naquela face rosada hipócrita, e anotaria quantas vezes o charlie diria "America" com sotaque de caipira do Texas, referindo-se a algum momento do discurso sobre honra, dignidade e segurança mundial. Mas posso muito bem supor como foi o desenrolar dessa grande desventura entre nações!
Lula conversaria à sós com Bush, discutindo novos métodos semióticos de corrupção coletiva, enquanto os assessores do governo preparariam um churrasco com chuleta, picanha e pinga, nenhuma delas envenenada. Depois rolaria aquele samba com desfile de mulatas sorridentes com quadris aparentemente desconectados do resto do corpo, enquanto Condoleeza Rice um pouco alcoolizada responderia àquilo tudo com insistentes bravatas: "groove", "groove, man"; uma remota lembrança da infância no Alabama. Bush sorriria para as câmeras, e apertaria as mãos de cinco pessoas em intervalos de vinte em vinte minutos. No restante veriam cavalos, iguarias tropicais, armas e espingardas antigas, e plantações de legumes e ervas. Jorge Bush ficaria mais rosa do que de costume devido à pinga, e tentaria fazer um acordo internacional para exportação de cana, negociação logo interrompida por algum de seus assessores, menos rosa e mais lúcido.
Após as festividades, Lula engasgaria ao ouvir a palavra "Alca", necessitando ir ao banheiro para aliviar a glote e o intestino, e pensar numa resposta convincente. Bush engasgaria ao ouvir a palavra Chaves, imaginando tratar-se de Hugo, não do alter ego de Chapolin, o qual agrada muito ao presidente brasileiro. Bush ainda ficaria desconfortável ao ver manifestações no McDonald´s de Brasília, o que Lula justificaria pela revolta da falta de guardanapos naquele estabelecimento; "nós brasileiros gostamos muito de lavar as mãos, sabe", diria.
Logo depois, Bush partiria pelo Air Force One, arrancando lágrimas de Zé Paulo e Pedro Jorginho (assessores da presidência), mandando condolências para ACM e Maluf. Os dois presidentes prometeriam se encontrar novamente em fevereiro, logo após Lula comprar uma casa em Miami, e Bush despejar seu primo de quinto grau de um sobrado do mesmo local.
Todos sairiam felizes da contenda, menos Pedro Jorginho, que não conseguiu pegar um autógrafo de Bush.
Ode Aleatos

sexta-feira

A MAIOR DROGA DO MUNDO!

Depois de falar sobre cães e cabelos, discursarei sobre o temido, o polêmico, o sempre instigante tema das drogas! E ousarei mais: direi qual a maior droga do mundo!
O sentido de "maior" nesse caso não seria valorizá-la, mas sim quantificá-la. Não desejo criar polêmica com questões como “a melhor das drogas”, “a mais divertida”, “a mais efetiva” e outras, mesmo porque este é um blog de família, já que o próprio provedor Blog é de família, pois excluindo-se alguns hippies, praticamente tudo que vem dos EUA é de família! Depois posto algo sobre “família” para esclarecer melhor esse ponto...
Pois bem: uma droga deve ser avaliada pela sua quantidade existente no mundo e seu poder de causar dependência. Esses são os requisitos técnicos para se qualificar uma substância química como droga. Assim, vemos grandes plantações de cocaína na Colômbia, Bolívia, Amazônia etc; grandes plantações de maconha na Jamaica, Pará etc; grandes laboratórios de Ecstasy na Inglaterra, Holanda etc; grandes campos secos de peyote, cogumelos e outras plantas alucinógenas poderosas no México, Antilhas etc. Todos estão no páreo, mas nenhuma destas consegue superar a enorme quantidade disponível no mundo do incrível oxigênio existente na atmosfera! Sim, o oxigênio é a maior droga do mundo! Entope a atmosfera; cerca-nos sem dar qualquer chance de fuga; fica aí dando sopa para qualquer um que queira poder cheirar!
Indignado? Confuso? Realmente, o oxigênio a princípio não parece essa grande e mortal droga a que me refiro, mas serás convencido em breve, nobre leitor, apenas acompanhe alguns argumentos a seguir:
- o ser humano não consegue viver sem ele, e ainda não há tratamento disponível para curar sua dependência;
- na sua ausência, não conseguimos realizar nossas atividades normalmente (eu particularmente noto este fato à duras custas logo depois de fazer esportes, como por exemplo correr para pegar o ônibus e nadar para não me afogar);
- os cartéis de oxigênio agem de forma inescrupulosa e criminosa para com qualquer possível concorrente, e sempre contando com a presença dos EUA, como pudemos notar no caso do Ozônio;
- o uso de oxigênio causa alucinação coletiva, chamada no caso de realidade (psicodélica e aleatória como uma viagem de ácido...).
Convencidos? No caso, devemos abandonar as noções tradicionais de droga para um sentido mais metafísico/ global deste conceito, a fim de notarmos todo o poder destrutivo do oxigênio.
E novamente as plantas dão a solução para este dilema: cheirar gás carbônico e tornar-se vegetariano, eis um modo de vida mais saudável e menos dependente, conforme estamos acostumados aqui em São Paulo. Ou não?
E será por causa disso tudo que a banda Jota Quest nomeoou seu segundo álbum como “Oxigênio?” Que seja...
Ode Aleatos.