quarta-feira

Feliz 2009

Aos amigos, colegas leitores, patrocinadores e adictos em geral, meus votos de um Feliz Ano Novo, seja lá o que for isso, e que em 2009 tenhamos a fibra para manter nossa mente só nossa.
Obrigado por todo o apoio, e nunca reneguem o Aleatos que surge em suas vidas.
Até.

segunda-feira

Resenha: Blues em formato Blu-Ray

Ouço sons retilíneos com alguma indiscrição. Deve ser a guitarra. Sempre é a guitarra.
Quero lembrar: a indiscrição é pessoal, efeito da experiência audio-visual. Parece aquela cena de uma praia de ultra-sódio no Mar de Plástico. Logo ali ao lado.
Não á mais audio-visual. MP3, MP4, tudo pequeno, e muito físico.
Essas coisas como a nóia do pegar, do toque, papo de psicólogo zombeteiro. Não mais.
A revolução apocalíptica, fase trêis, encerrou a extravagância do físico, num nível multi-dimensional. Chamaram de Blu-Ray, se bem que na Holanda alguns expandiram para outros espectros, gravação azul-violeta-salmão. Vermelho não, muito latino-americano.
Abandono a poesia. Resenha é coisa seria, é coisa de jornal.
O disco é bom, já foi baixado e rebaixado. Valoriza-se o que se baixa. Som baixo. Melancolia das margens do Katrina.
Ah, o disco é bom. Blues, cara, junkie-pop, whisky-trip, beat-funky-creepy. Sei lá. Não há mais prazer em tocar, em sentir. Sentir o quê? Dos 11 ao 57 o orgasmo é garantido, exceto exxxceções. Não preciso sentir mais nada. Esquece, esquece.
Bem, o disco é bom. Blues, fórmula azeitada num produto qualificado. Repetição, zen zen, refrão, acorde, negão. Blu-Ray só melhora o aspecto, a imagem, ressalta a malandragem.
Chega de poesia. Perco o emprego, faltará pecúnia pra comprar blues.
Blues se compra?

terça-feira

Veja Bem, parte 1

Em contraposição ao meu colega de planeta Francis Fukuyama, que afirmou nos anos 90 que "a história havia acabado", eis que apresento-lhes novos e intrigantes capítulos da história humana, a constarem nos livros didáticos de primeira a quarta série (cairão no vestibular segunda-fase) e nas festas de aniversário de parentes (rodas de papos de adultos), tudo tipo assim num nível super-ultra-mega-global, olha só:
- crise endêmica financeira
- crise ambiental hollywoodiana
- crise sócio-cultural bipolar
- crise comportamental big-brotheriana
A série Veja Bem inaugurada hoje no lecospirose tratará desses temas de uma forma menos chata que um jornalista e de forma mais interessante que um jornalista, pois esse blog é unilateral/desamarrado/alopático/esquizofrênico/odiosamente senil. Escrevo o que me vem à cabeça, salvo os piolhos (hohoho).
A série Veja Bem mostrará a ressalva disso tudo, porque de apocalipse e pessimismo-barato os sebos da Rua São João (note o duplo sentido) já estão cheios.
Ao cartorário, note o duplo sentido: autosuficiência relaxante da expressão ou sentimento piegas que assola nós escritores viciados em textos com duplo-sentido.
Fiquem ligados na parte 2. Sempre às terças-feira.